25 de setembro de 2008

Moleskine

Escritor e viajante, o inglês Bruce Chatwin (1940-1989) correu o mundo entrevistando personalidades, acompanhando de perto fatos historicos e colecionando historias que mais tarde se tornariam livros.

Para registrar sua vida cheia de experiências, Chatwin usava um caderno de anotações bastante peculiar - o Moleskine. Pratico, pequeno e resistente, o caderninho ja era um classico quando Chatwin caiu de amores por ele. Diz a lenda que Picasso, Matisse e Hemingway também carregavam seus Moleskine, onde esboçaram possivelmente a evolução de suas obras - mas de fato seus cadernos nunca foram encontrados. Van Gogh porém, teve seus Moleskines expostos em Amsterdam em 2002. Chatwin comprava seus Moleskines em uma pequena papelaria parisiense que acabou fechando quando seu dono morreu em 1986.

O lendario e charmoso caderno so foi resgatado com a chegada da marca italiana Modo & Modo. Em épocas de privacidade escancarada pela Internet, o Moleskine reaparece como uma brisa de romantismo e discrição. Nele seguimos anotando nossas impressões pessoais sobre viagens, arriscamos as primeiras linhas daquele livro que sonhamos escrever ou capturamos as imagens da realidade através de desenhos.

O Moleskine é aquele tipo de objeto que gera um certo tipo de culto entre seus apreciadores. Existem hoje até sites de internet dedicados à paixão pelo Moleskine, como o Wandering Moleskine Project. Dentre as personalidades contemporâneas que não desgrudam de um Moleskine, destaca-se Neil Gaiman, desenhista e escritor criador de Sandman.

A Modo & Modo vende os Moleskines em tiversos tipos. Além do tradicional de bolso (90x140mm) e o maior (130x210mm), existem cadernos especificos para jornalistas, musicos, desenhistas... Além de folhas em diversos padrões, como lisos, pautados, quadriculados, com folhas especiais para aquarela... Eu ja tenho varios (bien sur), e o mais usado no momento é um pequeno caderno de anotações de viagem dedicado a cidade de Paris. Nele, mapas das ruas da cidade, mapas dos transportes publicos, paginas categorizadas por assunto, bolso porta cartões e folhas transparentes para o traçado de roteiros - um verdadeiro primor. Também existe esse mesmo tipo de Moleskine para outras grandes capitais do mundo, como Roma, Londres e Berlin.

Sei que em São Paulo existe uma livraria chiquetosa em Pinheiros que vende os modelos mais tradicionais do Moleskine por aproximadamente 100,00R$ - Oh-là-là, pra quê tudo isso minha gente? Hoje em Paris você pode encontra-los em praticamente todas as papelarias, mesmo nas menores e mais simples instaladas nos bairros, ao preço médio de 6,00€. Os cadernos de viagens city note book são um pouco mais caros, 15,50€.

Para saber mais: http://www.moleskine.com/

Na Fnac (normalmente com 5% de desconto): Moleskine CNB

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