28 de agosto de 2009

27 de agosto de 2009

Metrô: Estudantes auxiliam o turista estrangeiro

Este ano o pessoal da RATP (empresa que opera os transportes públicos urbanos de Paris) botou em prática uma bela idéia - contratou 250 jovens estudantes bilíngües e trilingues para melhor acolher e orientar o turista estrangeiro na cidade durante o período de férias de verão.

Desde 1° de julho e até o dia 31 de agosto esses jovens agentes estarão presentes nas 35 estações de metrô e nas 4 mais gares do RER mais freqüentadas pelos turistas. Eles são reconhecíveis facilmente à distância: vestem camisa pólo verde e calças azuis - as cores da RATP.

Pois é, acabei perdendo o bonde e divulgando essa notícia com atraso (je suis sincèrement désolé...), mas acredito que, devido ao sucesso dessa medida, seguramente veremos esse pessoal ajudando o turista em visita à cidade pelos próximos anos. Bom para o turista, bom para os jovens estudantes.

Para saber quais estações contam com essa dinâmica equipe de orientação, clique aqui.

26 de agosto de 2009

Em Paris, como embarcar sua bicicleta no trem

Acho que estamos todos de acordo que não é tarefa das mais cômodas pegar um trem carregando uma bicicleta - principalmente quando não se conhece as condutas e procedimentos que devem ser adotados nessa condição. Assim, seguem algumas regrinhas de uso dos trens franceses para quando você estiver acompanhado da sua magrela.

Em viagens mais curtas o meio mais fácil de transportar uma bicicleta é usando o TER (trem expresso regional), onde é possível embarcar com sua “duas rodas” a qualquer hora e em qualquer dia sem nenhuma cerimônia. Essa mesma regra vale para o RER parisiense - mas apenas nos finais de semana, pois nos dias de semana as bicicletas são bem-vindas no RER apenas fora dos horários de pico.

RER name is Vélo: No RER parisiense existem pictogramas ao lado das portas indicando onde o acesso de bicicletas é permitido.

Já se você pensa em utilizar o trem Corail carregando uma bicicleta é bom saber que aí as coisas são um pouco mais complicadas. A maior parte dos trens Corail aceitam bicicletas - esses trens camaradas são identificados por um pictograma representando uma bicicleta na tabela de horários. Mas levar sua bike para andar de Corail vai exigir que você reserve seu assento diretamente nos guichês da gare e o pagamento de uma taxa de 10,00€.

Nos trens Corail a taxa vale a pena: Sua pequena rainha de duas rodas viaja bem acomodada (e você também).

Para o TGV o princípio é o mesmo do Corail, exceto pelo fato de que no TGV os trens que aceitam bicicletas são menos numerosos. Também é bom lembrar que os TGV que aceitam bicicletas admitem não mais do que 4 bicicletas a bordo de cada trem. Outro detalhe importante: os trens que partem da gare Paris-Montparnesse não aceitam bicicletas a bordo, assim como os TGV duplex (de dois andares) que circulam em todas as linhas.

No TGV: O pessoal da SNCF ajeita sua bicicleta no capricho.

Mas fique calmo, Joãozinho… Se você não contava com essas dificuldades para embarcar com sua bike num TGV ainda lhe restam duas alternativas:

A primeira consiste em embalar sua bicicleta numa capa especial de transporte, que pode ser adquirida em qualquer loja de artigos esportivos na cidade. O problema é que o preço dessas belezinhas tende a ser um pouco salgado - entre 50,00€ e 100,00€. Mas fique atento a um detalhe: o seu "pacote" deve medir menos de 120 x 90cm e, dependendo da bicicleta, pode ser que você tenha que desmontar pelo menos uma das rodas para atender a essa exigência. O que foi Joãozinho? A grana tá curta? Então clique aqui e aprenda no site Esprit Cabane como fabricar uma autêntica capa de transporte de bicicletas no padrão aceito no TGV.

Capas de transporte "Ultimate Magnata Master Plus": Cabe até o sapato.

E, finalmente, você pode despachar sua bicicleta pela Sernam. Por volta de 39,00€ você despacha sua bicicleta a partir de uma agência da Sernam e entre dois ou três dias a retira na agência de destino. Vale lembrar que às vezes as agências da Sernam podem ser um tanto afastadas da gare onde você vai desembarcar. Se quiser que a Sernam entregue sua bicicleta em domicílio, hotel, etc. O custo é de 49,00€ e o serviço pode ser solicitado diretamente nos guichês da empresa ou pelo telefone 3635 em toda a França Metropolitana.

Na faixa e nota 10: A belezoca que você faz em casa seguindo as dicas do site Esprit Cabane.

Para saber mais acesse o guia do viajante no site da SNCF. Basta clicar aqui ó: Le guide du voyageur SNCF

Lucky Luke ganha vida no cinema

Enquanto a América segue a linha das adaptações para o cinema das HQs de super-heróis cheios de muque, os franceses dão vida na telona a personagens que podem não ter tanta força muscular, mas que ganham de lavada em romantismo: depois de Asterix e do Petit Nicolas, agora é a vez de Lucky Luke chegar aos cinemas - e já se cogita a filmagem das aventuras de Tintin para breve (Êba!).

Quem veste as botas do heróico lonesome cowboy que atira mais rápido que sua própria sombra e está longe, muito longe de casa, é o impagável Jean Dujardin. O diretor James Huth, que já havia trabalhado com Dujardin no hilário Brice de Nice, rodou o filme na Argentina numa produção bem ao estilo dos bang bangs à italiana de Sergio Leoni.

Fã de Lucky Luke desde criancinha, Jean Dujardin promete mais do que uma caracterização perfeita para dar vida ao cowboy.

Além de Jean Dujardin o filme conta com mais dois nomes que merecem destaque: Alexandra Lamy, mulher de Dujardin na vida real, fará o papel de Belle, par romântico do nosso herói (claro) e a genial Sylvie Testud como Calamity Jane.

O filme, em homenagem a Morris e Goscinny (criadores do personagem), ainda não estreou nos cinemas, mas o teaser está logo aí embaixo para você conferir.




Lucky Luke chega aos cinemas franceses dia 21 de outubro.

Para saber mais: Lucky Luke.com

From Paris: a cidade em imagens

Amiguinhos, segue a dica de um site excelente que reune uma infinidade de belas imagens de Paris: é o From Paris, do fotógrafo Eric Rougier.

O site apresenta uma série de fotos panorâmicas, screensavers, wallpapers, informações técnicas sobre fotografia, um mapa interativo da cidade e muito mais. Para ver as imagens aéreas de Paris basta clicar nos ícones dos helicópteros que aparecem ao lado do mapa interativo.

Vale mencionar que ao viajar pelas fotos de Rougier é recomendável ter um babador ao alcance das mãos.

Para acessar clique em: From Paris by Eric Rougier

25 de agosto de 2009

Paris, 25 de agosto: um dia para recordar

Na noite do dia 24 de agosto de 1944 as tropas do marechal Leclerc, encorajadas pelo levante dos parisienses, chegam com seus blindados à Paris através de Porte d’Orléans para finalmente libertar a capital do domínio alemão.

Os combates se estenderam durante toda a madrugada. Na manhã do dia 25, poucos soldados alemães ainda esboçavam alguma reação. Nesse mesmo dia o general de Gaulle, um grande homem de poucas palavras, se dirige à população diante do Hôtel de Ville em um discurso célebre:

"Pourquoi voulez-vous que nous dissimulions l'émotion qui nous étreint tous, hommes et femmes, qui sommes ici, chez nous, dans Paris debout pour se libérer et qui a su le faire de ses mains. Non ! Nous ne dissimulerons pas cette émotion profonde et sacrée. Il y a là des minutes qui dépassent chacune de nos pauvres vies.

Paris ! Paris outragé ! Paris brisé ! Paris martyrisé ! Mais Paris libéré ! Libéré par lui-même, libéré par son peuple avec le concours des armées de la France, avec l'appui et le concours de la France tout entière, de la France qui se bat, de la seule France, de la vraie France, de la France éternelle.

Je dis d'abord de ses devoirs, et je les résumerai tous en disant que, pour le moment, il s'agit de devoirs de guerre. L'ennemi chancelle mais il n'est pas encore battu. Il reste sur notre sol. Il ne suffira même pas que nous l'ayons, avec le concours de nos chers et admirables alliés, chassé de chez nous pour que nous nous tenions pour satisfaits après ce qui s'est passé. Nous voulons entrer sur son territoire, comme il se doit, en vainqueurs. C'est pour cela que l'avant-garde française est entrée à Paris à coups de canon. C'est pour cela que la grande armée française d'Italie a débarqué dans le Midi et remonte rapidement la vallée du Rhône. C'est pour cela que nos braves et chères forces de l'intérieur vont s'armer d'armes modernes. C'est pour cette revanche, cette vengeance et cette justice, que nous continuerons de nous battre jusqu'au dernier jour, jusqu'au jour de la victoire totale et complète. Ce devoir de guerre, tous les hommes qui sont ici et tous ceux qui nous entendent en France savent qu'il exige l'unité nationale. Nous autres, qui aurons vécu les plus grandes heures de notre Histoire, nous n'avons pas à vouloir autre chose que de nous montrer jusqu'à la fin, dignes de la France. Vive la France !"

Também chega às bancas a primeira edição do jornal Le Figaro desde que o jornal foi obrigado a cessar sua circulação em 1942. Clique aqui para ler a primeira página dessa edição histórica.


Acima, um registro da 2ª Divisão Blindada. Criada em 1943 no Marrocos, a tropa do marechal Leclerc entrou em Paris antes dos aliados, retidos na Normandia em meio a contratempos. A foto acima foi tirada em 25 de agosto de 1944 e pertence ao acervo do Mémorial du Maréchal Leclerc de Hauteclocque et de la Libération de Paris, Musée Jean Moulin.

Pouco antes, em 10 de agosto, os parisienses preparavam o boulevard Sébastopol para o combate: cortavam árvores, cavavam ruas, usavam grelhas do calçamento na construção de barricadas - a libertação da cidade era tarefa de todos.

Em 20 de agosto, mais de 1000 franceses tomaram o Hôtel de Ville e ali montaram uma base de resistência popular contra o exército alemão.

Difícil de acreditar na imagem de desolação que os soldados do general Fabien encontraram na sua chegada ao Palais du Luxembourg (foto acima) - onde sempre existiram flores, via-se apenas destroços.

E ali mesmo. Onde hoje nos sentamos para ouvir os acordeons entoarem canções de Piaf. Onde por diversas vezes me debrucei tranqüilo sobre uma ponte para ver o rio da minha vida simplesmente passar... Onde um bem tirado petit café servido na calçada serve como pretexto para observar o movimento das ruas e desfrutar dos primeiros raios de sol da manhã. Bem ali. Onde apoiei os cotovelos no balcão, sujei os dedos com tinta de jornal e tive o coração tão repleto de felicidade que ela me saia pelos olhos sem que eu pudesse conter. Ali. Onde famílias de todo o mundo se encantam diante de tanta beleza e amigos se reúnem sorridentes ao redor de uma mesa. Ali. Bem ali. Em 20 de agosto de 1944 barricadas se levantaram. Os sinos da minha linda e entristecida catedral foram abafados pelo som de tiros, sirenes, motores e o marchar pesado dos soldados. A música que emana da cidade, o som da vida passando apressada pelas das ruas, a delicadeza do idioma falado pelas criancinhas, os sotaques do mundo... Todos os sons que tanto aprendi a amar, um dia foram abafados pela estupidez dos homens. E tudo isso aconteceu ali. Logo ali...

Mas há 65 anos, Paris estava novamente livre. Paris. Paris ultrajada. Paris despedaçada. Paris martirizada. Mas Paris livre, enfim! Paris... Uma cidade libertada por si mesma.

O sorridente Monsieur Chat

M. CHAT (escrito sempre em maiúsculas e, por défault, pronuncia-se Monsieur Chat - “Senhor Gato”) é um personagem criado em 1997 pelo artista urbano franco-suíço Thoma Vuille.

O roliço e enigmático gatinho alaranjado tem como marca registrada seu enorme sorriso e desde 2003 passou a ostentar asinhas brancas nas costas. Talvez para que possa voar até os lugares de difícil acesso onde normalmente ele é pintado.

Em Orléans ele pode ser visto sem muita dificuldade. Na foto, uma ninhada de M. CHATs.

M. CHAT pode ser visto em diversos países europeus como Inglaterra, Alemanha, Espanha, Suiça, Holanda, Bósnia-Herzegovina... Mas é na França o país onde o bichano alado costuma dar as caras com mais freqüência: são mais de 80, pintados em muros que fazem parte do eixo Porte de Clignancourt a Porte d’Orléans.

Cidadão do mundo, M. CHAT ganha as ruas de Pékin.

Mas não é só na Europa que M. CHAT pode ser visto. Ele também já foi pintado em New York, Hong Kong, Macau, Seul e até em São Paulo - um deles fica bem escondido, e quem quiser conferir precisa subir as escadas que dão acesso ao pavilhão de exposições do Museu da Imagem e do Som (o MIS) e olhar pela janela (mas é preciso prestar atenção: o gatinho francês só pode ser visto de uma janela do MIS). Ainda em São Paulo, outro M. CHAT aparece de braços abertos no bairro de Pinheiros, na esquina das ruas Cardeal Arcoverde e João Moura.

Acho que vi um gatinho! Eu vi, eu vi sim! E foi em São Paulo (Foto de Felipe Lopez).

Mas não se engane pela aparente inocência do felino: apesar de na França ele ser usado como símbolo de otimismo e de partilha, ele também é comumente associado a protestos e manifestações sociais - e até mesmo para expressar o descontentamento com guerras e repressões políticas que acontecem mundo afora. Na França ele foi um dos símbolos dos protestos contra a guerra no Iraque.

Em Paris, a imagem do risonho gatinho tem presença garantida nas manifestações - como nesta, ocorrida em janeiro deste ano.

Confesso que não sou lá muito fã da chamada arte urbana, mas nem por isso M. CHAT deixa de ser um clássico nacional. Sua imagem sorridente faz parte da vida cotidiana dos franceses e, portanto, ele também merece espaço no blog.

Para saber mais: MCHAT'S World

Le Grand Charles

Exposição Brigitte Bardot

De 29 de setembro deste ano a 31 de janeiro de 2010, Boulogne-Billancourt na região parisiense é o palco da primeira exposição inteiramente consagrada à atriz Brigitte Bardot.

A concepção da exposição é do jornalista Henry-Jean Servat, grande admirador de Bardot (ora, mas quem não é?). Montada em mais de 15 salas numa área de 900m², a exposição é um verdadeiro convite ao universo deste ícone incontestável do cinema dos anos 50 e 60.

Cada uma das salas abriga um tema marcante na vida e na carreira de Bardot: BB diante das câmeras, BB e a música, BB e a dança, BB e Saint-Tropez, BB e a moda, BB e os animais, etc.

Apesar da exposição ficar sediada em Boulogne-Billancourt, quem quiser conferir não precisa se preocupar com a distância ou dificuldade de acesso: o metrô de Paris também leva você até lá.

Os ingressos custam entre 11,00€ e 13,00€ e podem ser impressos na forma de e-tickets no conforto do seu lar - mesmo no Brasil - a partir do site da Fnac. Para comprar seus bilhetes clique aqui.

Ah, em tempo: será que a escolha de Boulogne-Billancourt para receber esta exposição foi obra do acaso?

Brigitte Bardot, les années d'insouciance
Espace Landowski
26, av. André-Morizet - Boulogne-Billancourt
Tel.: 08 9268 3930
Metrô: Marcel Sembat linha 9

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24 de agosto de 2009

Setembro tem Diana Krall em Paris

Desde que surgiu no cenário musical em meados dos anos 90 ela reina como grande diva do jazz vocal, servindo para catalisar o surgimento de outras cantoras notáveis dessa mesma vertente musical como as talentosas Norah Jones, Madeleine Peyroux e Melody Gardot.

Pianista extraordinária, cantora idem, a canadense Diana Krall chega à Paris para abrir a tournée francesa do álbum Quiet Nights, lançado pela Universal Jazz na primavera européia. Com a voz emoldurada pelos arranjos de Claus Ogerman, não é tarefa das mais difíceis perceber o amor de Diana Krall pela música brasileira - versões magistrais de composições de Tom Jobim também farão parte do concerto. E então? Vai perder Joãozinho? Não... Claro que não.

De 15 a 17 de setembro no Olympia e de 30 de setembro a 16 de outubro percorrendo outras cidades da França. Os ingresso custam entre 78,50€ e 111,50€.

Diana Krall à l’Olympia
28, Boulevard des Capucines - 9ème
Tel.: 08 9268 3368
Metrô: Madeleine linhas 8, 12 e 14

Para comprar seus ingressos na Fnac clique aqui.

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Cali: Elle m'a dit

Je crois que je ne t'aime plus.
Elle m'a dit ça hier,
Ça a claqué dans l'air
Comme un coup de revolver.

Je crois que je ne t'aime plus.
Elle a jeté ça hier,
Entre le fromage et le dessert
Comme mon cadavre à la mer.

Je crois que je ne t'aime plus.
Ta peau est du papier de verre
Sous mes doigts... sous mes doigts.
Je te regarde et je pleure
Juste pour rien... comme ça.

Sans raison je pleure,
A gros bouillons je pleure,
Comme devant un oignon je pleure, arrêtons...

Elle m'a dit
Elle m'a dit

Je crois que je ne t'aime plus.
Relève-toi, relève-toi.
Ne te mouche pas dans ma robe,
Pas cette fois... relève-toi.

Tu n'as plus d'odeur,
Tes lèvres sont le marbre
De la tombe de notre amour,
Elle m'a dit ça son son était froid.

Quand je fais l'amour avec toi
Je pense à lui.
Quand je fais l'amour avec lui
Je ne pense plus à toi

Elle m'a dit
Elle m'a dit

Je crois que je ne t'aime plus.
Elle m'a dit ça hier,
Ça a pété dans l'air
Comme un vieux coup de tonnerre.

Je crois que je ne t'aime plus.
Je te regarde et je ne vois rien.
Tes pas ne laissent plus de traces
A coté des miens.

Je ne t'en veux pas,
Je ne t'en veux plus,
Je n'ai juste plus d'incendie
Au fond du ventre c'est comme ça

Elle m'a dit
Elle m'a dit
Elle m'a dit
Elle m'a dit

Alors j'ai éteint la télé
Mais je n'ai pas trouvé le courage,
Par la fenêtre de me jeter :
Mourir d'amour n'est plus de mon âge...

Elle m'a dit
Elle m'a dit



4.3.1 NOUVEAUTES CD

19 de agosto de 2009

Musée Picasso fecha para reformas

O Musée National Picasso fechará suas portas à visitação pública no dia 23 de agosto e assim permanecerá durante dois anos para a execução de trabalhos de reforma e restauração.

Além da renovação predial o projeto inclui a total digitalização e a restauração completa do acervo. Os arquitetos da Bodin et Associés, do arquiteto parisiense Jean-François Bodin, foram os escolhidos pelo Ministério da Cultura francês para a condução do trabalho de renovação do Hôtel Salé - um edifício charmosão do século XVII localizado no Marais, onde funciona o museu.

O Musée Picasso foi inaugurado em 1985 e abriga o mais importante acervo do mundo dedicado às obras do artista - todo o material é proveniente de uma doação dos familiares do artista logo após a sua morte em 1973. O museu também conta com uma coleção de respeito das obras de artistas admirados por Pablo Picasso, como os franceses Césanne e Matisse.

Se quiser conferir o Musée Picasso antes de seu fechamento ainda dá tempo - mas vê se corre, Joãozinho! Senão só em 2011. Anote aí...

Musée National Picasso
5, rue de Thorigny - 3ème
Tel.: 01 4271 2521
Metrô: Saint-Paul linha 1 ou Chemin Vert linha 8
Ingressos: 8,50 euros

Foto menor: Grand nu au fauteuil rouge, Pablo Picasso (1929) - Musée Picasso, Paris. Foto maior: entrada do museu no Hôtel Salé.

Academie-en-ligne: Revisão de estudos on-line

Achei excelente essa idéia do Governo Francês em favor da educacão. Foi inaugurado em junho deste ano um site na internet inteiramente desenvolvido para auxiliar os estudantes de todas as séries escolares - o Academie-en-ligne.

O acesso é totalmente gratuito e propõe, num primeiro momento, revisões para facilitar a vida dos alunos na volta às aulas após as férias de verão. Já a partir de 15 de setembro estará disponível on-line todo o conteúdo curricular do curso primário. Mas os estudantes do colégio e do liceu também poderão acessar todo o conteúdo de suas matérias a partir de 30 de outubro deste ano.

Os alunos poderão acessar o conteúdo do site por matéria ou por nivel escolar. O site que segue em ritmo de forte expansão também já conta com cadernos de atividades e livros didáticos para os pequeninos.

Concebido pelo Centre national d’enseignement a distance (CNED), o site é dedicado não apenas para ajudar os alunos com o dever de casa e nos estudos extra-classe, mas igualmente aos pais que querem ajudar os filhos a revisar suas lições, segundo comentou o ministro da educação nacional Xavier Darcos ao jornal francês Direct Soir.

Para acessar o site clique em Academie-em-ligne.

18 de agosto de 2009

Train de la Planète: 1 trem, 23 cidades, 4 semanas

Baseado no conceito de que defendemos melhor aquilo que conhecemos, o jornalista científico Michel Chevalet desenvolveu o projeto Train de la Planète - uma exposição itinerante totalmente gratuita concebida para responder diversas questões sobre o funcionamento do nosso planeta.

Outro ponto interessante é que toda a programação de debates ambientais acontecerá a bordo de um trem de 400 metros que percorrerá 23 cidades francesas durante 4 semanas. O “trem do planeta” sairá de Paris no dia 15 de setembro, percorrerá o país com seu ciclo de debates, apresentações e palestras, retornando à cidade-luz no dia 11 de outubro.

Os diversos vídeos e conferências que serão apresentados permitirão aos participantes debater o funcionamento de 4 grandes temas vitais para a Terra: o clima, a água, as energias e a gestão dos recursos pelo homem.

A exposição é aberta às pessoas de todas as idades e nos propõe uma nova visão sobre o planeta em que vivemos. A questão fundamental a ser respondida é “O planeta, como funciona?”. Informações, discussões e idéias para aprender, compreender e refletir.

Verifique abaixo as datas em que o Train de la Planète passará pela sua cidade:

15/09-Paris Gare de Lyon > 16/09-Reims > 17/09-Nancy > 18/09-Mulhouse > 19/09-Strasbourg > 20/09-Dijon > 21/09-Clermont-Ferrand > 22/09-Lyon Perrache > 23/09-Grenoble > 24/09-Nice > 26/09-Marseille St Charles > 27/09-Montpellier > 28/09-Toulouse St Cyprien > 29/09-Tarbes > 30/09-Bayonne > 01/10-La Rochelle > 03/10-Nantes > 04/10-Bordeaux St Jean > 05/10-Tours > 06/10-Rennes > 07/10-Quimper > 08/10-Caen > 10/10-Lille Flandres > 11/10-Paris Gare du Nord

Para saber mais, acesse: Train de le Planète ou o site oficial de Michel Chevalet

A entrada para o evento é gratuita, sempre das 9h30 as 19h00 de 15 de setembro a 11 de outubro de 2009.

Exposição Bob Esponja no Pavillon de l’Eau

Aqui vai uma dica de passeio bem bacana, daqueles que a gente recomenda para a petizada mas também fica se coçando de vontade de ir.

Até o dia 21 de novembro fica em cartaz a exposição “Bob l’éponge, l’expo culturelle, ecolo et carrément drôle” no Pavillon de l’Eau de Paris.

Na exposição a esponja mais biruta do oceano é mostrada em quadros que fazem uma divertida paródia de grandes obras da pintura - como Bob e Patrick em “American Ghotic” de Grant Wood ou na obra surrealista “Le fils de l’homme” de Magritte.

Acima, a tela "Le fils de l’homme", a famosa obra de René Magritte.

O evento lúdico tem o apoio da WWF e além de incitar o interesse das crianças pela arte, chama a atenção para a proteção dos recursos naturais do planeta - sobretudo a água. Depois de Paris a exposição que celebra os 10 anos do personagem Bob Esponja segue em turnê mundial.

E aqui a versão do pretensioso imitão.

Independente da exposição do Bob Esponja, o Pavillon de l’Eau vale a visita. Trata-se de um patrimônio da cidade de Paris instalado às margens do Sena, aberto a todos que queiram aprender mais sobre a maneira como a cidade utiliza a água - do nosso querido rio até a torneira das residências parisienses.

Bob l’éponge, l’expo culturelle, ecolo et carrément drôle
Pavillon de l’Eau
77 avenue de Versailles (16ème)
Tel.: 01 4224 5402
Metrô: Mirabeau, Javel ou Eglise d’Auteil - todas na linha 10
Abre de terça a sexta das 10h00 as 18h00 e aos sábados das 11h00 as 19h00
Entrada gratuita

Aviso: A exposição sofrerá uma pausa até 24 de agosto em virtude de obras no pavilhão.

12 de agosto de 2009

Mon quartier: em Paris, siga as estrelas

Uma das seções do jornal Le Figaro que mais gosto de ler é « Mon quartier », que em portugês tem o significado aproximado de « meu bairro ».

Nessa coluna podemos conhecer a essência da Paris pelos olhos (e pelo coração) de parisienses ilustres. Diversos artistas e personalidades de destaque comentam em « Mon quartier » um pouco sobre o que mais gostam e recomendam nas imediações de onde vivem. Em diversos casos, indicam locais cheios de significado, que trazem boas recordações ou que fazem parte de suas vidas por algum motivo especial.

Segundo a cantora Emily Loizeau, o simpático restaurante Le Petit Canard (19, rue Henry-Monnier, IXème, Tel.: 01 4970 0795) serve o melhor confit de canard de Paris.

A cantora Olivia Ruiz, por exemplo, fala sobre o que ver e fazer nas imediações da rue des Abesses, o cantor Raphaël Haroche descreve sua paixão pela rive droite, a atriz Julie Depardieu nos convida a um passeio pelos arredores da rue Saint-Honoré, o ator Fabrice Luchini indica seus cafés preferidos no IXème…

Para a atriz Hafsia Herzi, a casa de chá Mariage Frères (30, rue du Bourg-Tibourg, IVème, Tel.: 01 4272 2811) é parada obrigatoria para saborear uma infusão aromática guarnecida por um pedaço de bolo num passeio pela região do Marais.

Mon quartier é uma verdadeira agenda de bons endereços na cidade, a qual recomendo que consultem - legal para quem está planejando a viagem e também para quem já está apreciando um momento flaneur pelas ruas de Paris.

Para acessar (e salvar em sua seleção de sites favoritos), clique em Mon quartier.

Foto menor: o ator Fabrice Luchini, um dos "guias" parisienses de Mon quartier.

Russa ataca Mona Lisa com uma xícara

A matéria abaixo foi publicada ontem na Folha Online. O texto é de Amel Pain da agência France Presse.

Russa ataca "Mona Lisa" com uma xícara em Paris

Uma mulher russa jogou uma xícara na pintura mais famosa do mundo, a "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci. A tela nada sofreu porque está protegida por um vidro à prova de balas, informou nesta terça-feira o museu do Louvre, em Paris.

"A jovem tirou a xícara da bolsa e jogou sobre a cabeças dos outros visitantes que observavam a tela. A xícara bateu no vidro de proteção, que sofreu alguns arranhões", contou um porta-voz do museu. "Parece que o ataque foi feito por alguém que queria chamar a atenção", ele completou.

A mulher não esboçou resistência ao ser detida pelos guardas depois do incidente, que aconteceu no último dia 2, um domingo.

Ela foi levada pela polícia, que afirma que ela "não está com todas suas faculdades mentais e foi transferida para uma enfermaria psiquiátrica da polícia".


Certa vez no Louvre ouvi um turista brasileiro reclamando do vidro que protege a Mona Lisa. Entre outras coisas, ele dizia que o vidro de proteção era "frescura", "excesso de zêlo" e que, claro, "só servia para dar reflexo nas fotos". E agora, José?