6 de outubro de 2010

Saudade

E você, Joãozinho? De qual rua de Paris você sente mais saudade quando está longe?

Studio Beyoga

Localizado entre o Jardin du Luxembourg e o cemitério do Montparnasse, o Studio Beyoga é um espaço tranquilo e arborizado dedicado à prática e ensino do yoga.

O conceito do estúdio é ensinar diversas modalidades de yoga a preços acessíveis. Ah, e importante: todos os professores do instituto são devidamente certificados e os cursos podem ser ministrados em francês ou inglês.

Além das diversas modalidades de cursos, como o Acroyoga, Anusara Yoga, Ashtanga Yoga, Beyoga vinyasa flow, Beyoga lunch, Gentle Yoga, Iyengar, Jivamukti Yoga, Pilates, Power Yoga, Yin Yoga, Yogamini, Yoga prénatal, Yoga postnatal e (ufa!) Yoga vibes, o estúdio também oferece aulas específicas para crianças e pilates tradicional.


Para saber mais e conhecer os preços e horários, clique em: Studio Beyoga

O site também apresenta um pequeno léxico para que você possa aprender um pouco mais sobre cada modalidade de yoga.

Studio Beyoga
17, rue Campagne-Première
Tel.: 01 4047 6763
Metrô: Raspail linhas 4 e 6

Exposição gratuita 'Du liège au bouchon'


De 8 a 10 de outubro acontecerá a exposição gratuita Du liège au bouchon (Da cortiça à rolha). Através de vídeos, fotos e telas interativas será possível aprender de forma bem didática tudo sobre as árvores de onde é extraída a cortiça (chamada na França de chêne-liège), métodos de plantio, características geográficas das plantações, o processo de transformação da cortiça em rolhas e em outros produtos, além de muitas curiosidades ao redor do tema. E sim, esse é um assunto importante para os franceses, já que anualmente são fabricadas em toda a Europa algo em torno de 12 bilhões de rolhas destinadas unicamente à preservação de vinhos.

A exposição faz parte das festividades em celebração às Vendanges de Montmartre - festa popular que anualmente celebra a colheita das uvas no vinhedo de Montmartre.

E para que você fique por dentro Joãozinho, vale saber que a Fête des Vendanges de Montmartre é o terceiro maior evento popular parisiense, ficando atrás apenas da Paris Plage e da Nuit Blanche em número de participantes.

A exposição acontecerá no Village du Liège, que fica na Square du Mont-Cenis - no alto da Butte Montmartre, à sombra da Sacré Coeur. Mais do que um evento dedicado aos apreciadores dos vinhos, Du Liège au bouchon é uma exposição recomendável a toda a família.

Exposição gratuita Du liège au bouchon
Local: Vendanges de Montmartre, Square du Mont Cenis
De 8 a 10 de outubro de 2010
Metrô: Lamarck-Caulaincourt linha 12

29 de setembro de 2010

Em Paris, conte com os greeters

Assim como em outras cidades francesas, Paris conta com o apoio dos greeters - voluntários dispostos a mostrar sua cidade natal para turistas estrangeiros. Além de apresentar os pontos turísticos às pessoas, os greeters ainda compartilham informação, experiências e dão dicas práticas para que o turista possa se virar bem na cidade. Por ser um serviço voluntário, tudo isso sai de graça para o turista.

E se você ainda não se vira muito bem em francês, não se preocupe, Joãozinho. Para ser federado da Global Greeter Network - a rede global que faz a gestão das 15 associações de greeters existentes ao redor do mundo - o greeter precisa saber falar uma língua idioma além do seu idioma nativo.

Em Paris são os Offices de Tourisme (escritórios de apoio ao turista) que indicam os greeters de acordo com o perfil de viagem do turista.

Além da vantagem de você não pagar nada pelo serviço, você estará em companhia de uma pessoa que nasceu em Paris e que faz essa atividade simplesmente porque gosta da cidade e de ajudar as pessoas. Os greeters recebem o turista de forma simples e amigável, são flexíveis em relação aos propósitos de viagem e ao atendimento de pedidos específicos de cada turistas.

Vale mencionar que os greeters não são exatamente guias turísticos. Portanto, oferecem uma abordagem pessoal ao falar sobre a cidade, além de fugir um pouco dos roteiros turísticos tradicionais - o que acaba sendo bastante interessante para quem quer conhecer um pouco mais de perto a vida cotidiana dos parisienses enquanto passeia pela cidade.

Para saber onde estão as Offices de Tourisme mais próximas de você, clique aqui.

Christian Ragil, um dos greeters parisienses, mostra a cidade para a turista sul-coreana Ju Young Gam (foto: Michel Euler).

Post sugerido por Edmilson Siqueira

28 de setembro de 2010

BN: um clássico para você provar sorrindo

Impossível não mencionar aqui no blog este verdadeiro clássico do ‘casse-croûte’ francês: os animados biscoitos recheados BN, que desde 1896 fazem a alegria da petizada em toda a França.

E basta provar um para ver que a garotada tem razão em dilatar as pupilas diante de um BN: a massa é sequinha, crocante, e o sabor do recheio, hummm... Dilícia!

Os biscoitos BN podem ser encontrados em qualquer supermercado francês em 6 sabores diferentes: chocolate, morango, baunilha, framboesa, apricot e chocolate ao leite. Ah, quase ia me esquecendo de um detalhe importante: os BN não têm apenas uma, mas quatro tipos diferentes de carinhas sorridentes em cada pacote. A versão Mini-BN tem a mesma variedade de sabores e de caretinhas, mas além do tamanho, tem como diferencial o fato dos biscoitos serem redondinhos, enquanto que os BN tradicionais são quadradinhos.

Um cartaz publicitário dos biscoitos BN da época em que o vô Pierre ainda usava calças curtas.

O nome BN vem de Biscuiterie Nantaise, a primeira fabricante dos sorridentes biscoitinhos. Digo ‘primeira fabricante’ porque em 1968 a Biscuiterie Nantaise foi comprada pelo grupo norte-americano General Mills; em 1992 passou para as mãos da PepsiCo; em 1998 foi comprada pela United Biscuits (a quarta maior fabricante de biscoitos do mundo) e atualmente a marca está na mira do conglomerado alimentício chinês Bright Food.

Pacotão econômico? Com 2 embalagens gratuitas? Eu quero!

Em 1986 as vendas dos BN tiveram um declínio expressivo. Para restabelecer as vendas, os BN passaram por uma reformulação completa, através de um forte plano de ação empreendido pela General Mills para garantir a sobrevivência de nossos amiguinhos sorridentes no mercado: surgiram novos sabores, o sabor original de chocolate ficou ainda mais gostoso, a embalagem ficou mais bonita e foram lançadas campanhas publicitárias caprichadas. Mas o que de fato garantiu o sucesso do plano foi o lançamento do BN Box - um estojinho rígido com capacidade para transportar até 2 biscoitos BN, preservando-os intactos até a hora da merenda. E assim, a criança que aparecesse na escola com um BN Box fazia o maior sucesso entre a petizada - isso porque as crianças francesas costumavam saboreavam os BN em casa, quando voltavam da escola. Com o surgimento do BN Box, os biscoitos chegavam inteirinhos até a hora do recreio, sem derrubar um cisco sequer na lancheira.

Joãozinho, claro que nossos amiguinhos BN são divertidos e deliciosos! Milhões de crianças francesas não podem estar erradas.

E é por essas e outras que considero esse risonho biscoitinho mais do que um pequeno prazer - BN é um verdadeiro clássico nacional. A dispensa aqui de casa é prova disso.

27 de setembro de 2010

Disneyland Paris a preços promocionais

Quer visitar a Disneyland Paris pagando menos da metade do preço? Então escuta só essa, Joãozinho: a Fnac.com em parceria com a Disneyland Paris organizou a venda promocional de ingressos por tempo limitado.

Até o próximo dia 4 de outubro os ingressos de validade diária que originalmente custam 53,00€ adultos e 45,00€ crianças, custarão apenas 25,00€ para uso em dias úteis e 29,00€ para uso em finais de semana e feriados.

Para comprar seus ingressos ou obter maiores detalhes sobre a promoção e condições de venda, acesse:

Disneyland Paris - Vente Flash Fnac

24 de setembro de 2010

Le Parisien: edição de hoje tem download livre

Por conta da adesão de seus distribuidores à greve contra a reforma da aposentadoria na França, o jornal Le Parisien disponibilizou, excepcionalmente, a edição de hoje na íntegra para download. Para obter seu exemplar gratuitamente, clique no link abaixo:

Télécharger Le Parisien

22 de setembro de 2010

A imagem do dia

A foto acima começou a circular esta tarde nos sites dos principais jornais franceses. Ela retrata a deputada italiana Licia Ronzulli durante a sessão plenária de hoje do Parlamento Europeu, em Strasbourg. Ela foi aplaudida pelos seus colegas ao aparecer com seu bebê de apenas um mês, momentos antes de reivindicar melhoria dos direitos trabalhistas para as mulheres. A foto é de Vincent Kessler para a agência Reuters.

Metrô Abbesses

Quem me conhece sabe que sou um entusiasta do metrô de Paris. Uma das estações que mais me atraem na cidade é Abbesses, da linha 12 do metrô. E se você acha que estação de metrô ‘é tudo igual’, vou te contar por que acho que estações como Abbesses estão longe de ser apenas mais uma entre as outras.

Para começar Abbeses é a mais profunda de todas as estações de metrô da cidade. Suas plataformas estão firmemente plantadas a 36 metros abaixo do nível da rua. Devido a profundidade, as escadas de acesso às plataformas precisaram ser projetadas em forma de espiral para que a inclinação não fosse muito acentuada. Além da escada ‘escargot’, a estação também tem elevadores que interligam a bilheteria às suas plataformas.

A estação Abbesses foi inaugurada em 31 de outubro de 1912, mas vale mencionar que a bela edícula Guimard que ornamenta sua entrada foi permanentemente emprestada da estação Hôtel de Ville em 1974. Nem sempre a estação Abbesses foi operada pela RATP; em sua tenra idade ela fazia parte da malha da antiga Societé Nord-Sud que, diga-se de passagem, sempre foi contrária à instalação de edículas Guimard em suas estações. Curiosamente, hoje é impossível de imaginar Abbesses sem a sua edícula.

A bela edícula Guimard que enfeita o acesso a Abbesses (foto: Steve Cadman, 2007)

Apesar de não gostarem das edículas Guimard, para uma coisa eu tiro o chapéu para os engenheiros e arquitetos da Societé Nord-Sud: suas estações eram muito bem construídas. Caracterizavam-se, sobretudo, pelas plataformas amplas, bem elaboradas e com detalhes caprichados: os nomes das estações eram escritos com belos mosaicos em cerâmica, as paredes eram enfeitadas com afrescos típicos da companhia e o topo dos arcos dos túneis sempre indicavam a direção dos trens.

Assim é a área da bilheteria em Abbesses (foto: Pline, 2007).

Ao longo dos anos 50 diversas estações do metrô parisiense passaram por obras de renovação. Nessa ocasião Abbeses recebeu colunas de suspensão na forma de placas metálicas decorativas. Outro grande trabalho de restauração aconteceu entre 2006 e 2007 - dessa vez para devolver a Abbesses o estilo original de suas plataformas, aquele jeitão de estação da Nord-Sud.

Aqui uma vista das plataformas (foto: Ben Leto, 2008).

Além de bem projetada, Abbesses é também muito charmosa. Já virou cartoon no clip da canção Flowers de Émilie Simon, já foi homenageada com a música Abbesses da banda francesa Birdy Nem Nem e, se você puxar pela memória, vai se lembrar de que Abbesses é a estação do metrô da Amélie Poulain no filme Le Fabuleux destin d'Amélie Poulain. Ah, e até pouco antes de sua conclusão, o filme tinha como título provisório Amélie des Abbesses. Até de inspiração para uma bolsa da Louis Vuitton, Abbesses já serviu.

E aqui uma rara imagem dos afrescos originais de Abbesses que se perderam ao longo de sucessivas reformas (Foto de Gérard Laurent para o site Paris Cool).

Abbesses tem um único acesso, localizado na Place des Abbesses, diante da casa de número 2 da rue de la Vieuville. Seu nome vem da própria Place des Abbesses, que faz referência à Abadia das Damas de Montmartre (Abbaye des Dames de Montmartre).

A estação é muito utilizada por turistas em suas visitas a Sacré-Coeur, a Place du Tertre, a igreja Saint-Jean-de-Montmartre... E também por outros usuários que, assim como eu, sentem-se mais vivos apenas por caminhar a esmo pelas ruazinhas que ficam ao redor da estação, tendo como única e nobre intenção massagear Paris nas costas enquanto caminham.

E então, Joãozinho? Ainda acha que estação de metrô ‘é tudo igual’?

Ilustração: Detalhe de ornamento da estacao Abbesses, by Paris in Color.

Paris em português

Esta manhã meu amigo Edmilson Siqueira me enviou uma notícia supimpa que foi publicada no Estadão de hoje.

Na matéria o correspondente do jornal O Estado de São Paulo em Paris, Andrei Netto, fala do trabalho de preparação de hotéis e lojas parisienses para a melhoria da acolhida dos turistas lusófonos que visitam a cidade. Esse empenho tem sido motivado principalmente pelo aumento do número de turistas brasileiros em Paris.

Além de faciliatar a vida dos turistas brasileiros e portugueses, que em sua maioiria não falam o francês, essa iniciativa também está abrindo as portas do mercado de trabalho para quem manda bem nos dois idiomas. Portanto, essa é uma boa notícia para brasileiros e portugueses, independente de estarem na cidade a passeio ou em busca de uma oportunidade de trabalho.

Para ler o artigo no jornal O Estado de São Paulo, clique no link abaixo:

OESP - Em Paris, hotéis e lojas já atendem em português

5 de setembro de 2010

Construindo castelos na Espanha

A expressão "bâtir des châteaux en Espagne" (construir castelos na Espanha) é muito comum na França e faz parte do vocabulário popular francês desde o século XVI. O termo é muito usado para designar sonhos impossíveis de serem realizados ou planos que nunca saem do papel. Quer um exemplo?

Então vamos imaginar o caso do... Joãozinho. Há anos ele fala do sonho de passar um mês inteirinho hospedado no Ritz Paris - e sempre arremata dizendo que assim que se hospedar vai passar um dia inteirinho de roupão e óculos escuros, bebendo champagne na sacada e apreciando o movimento na Place Vendôme. O problema é que o Joãozinho nunca economiza 1 centavo sequer - nem para visitar a tia Eulália em Osasco. Assim, os franceses diriam que ao alimentar esse sonho um tanto opulento e irreal, o Joãozinho está construindo castelos na Espanha. Ou ainda que a tal estadia no Ritz é o “château espagnol” do Joãozinho. Portanto, a expressão é usada em qualquer situação para se referir a planos ou sonhos irrealistas.

Acima, caricatura britânica de 1740 menciona a Espanha construindo castelos no ar.

Apesar de ao longo da historia os espanhóis terem efetivamente construído cerca de 10.000 castelos em seu território (e 2.500 deles existem até hoje), a expressão foi usada pela primeira vez pelo estadista, humanista, poeta e jurista francês Etienne Pasquier (1529-1615), que certa vez exprimiu o fato de ter passado dias nos campos espanhóis e não ter visto nenhum castelo - influente do jeito que era Pasquier, sua máxima pegou rapidinho, e até hoje andam dizendo que não existem castelos na Espanha.

Mas é claro que eles existem! O castelo da foto fica na Segovia - sim, Espanha.

E acabo de me lembrar de duas canções francesas nas quais você encontra referências ao uso da expressão: Rue de la Paix, de Zazie (Pour mettre un hôtel, rue de la paix. Un monde où tout le monde s'aimerait enfin. J'achète un château en Espagne. J'achète un monde où tout le monde gagne à la fin) e L’alcool de Serge Gainsbourg (Et dans les vapeurs de l'alcool, j'vois mes châteaux espagnols, mes haras et toutes mes duchesses).

Também é comum ouvir alguns franceses usarem como sinônimo para essa expressão "bâtir des plans sur la comète" (construir planos sobre um cometa).

Para desmistificar a lenda que deu origem à expressão, segue o link para o Castillos.net, um site bastante interessante que cataloga os castelos espanhóis.

Foto menor: cartaz do filme francês “Um château em Espagne”, de Isabelle Doval.

11 de agosto de 2010

França: em 2010, uma primavera animal

Joãozinho, dá só uma olhada nos bebezinhos ilustres que nasceram em solo francês durante a primavera de 2010: todos são filhotinhos de espécies raras ou ameaçadas de extinção. Vamos dar uma espiada?

No dia 14 de maio o nascimento de Pati e Jaya, filhotes de pantera nebulosa foi a sensação do Jardin des Plantes de Paris. Foto: Stevens Frederic.

O filhote de gibão nasceu em Mulhouse no dia 13 junho - mesmo dia do meu aniversário. Foto: Sebastien Bozon.

Esta lobinha do ártico nasceu no Parc Lorraine, uma belíssima reserva natural francesa. Foto: Jean-Christophe Verhargen.

Já o miquinho nasceu no zoológico de Amnéville. Foto: Jean-Christophe Verhargen.

Fonte: 20minutes.fr.

"O destino dos animais é muito mais importante para mim do que o medo de parecer ridículo." - Émile Zola

Camille Lacourt: um recorde histórico

O francês Camille Lacourt se tornou o primeiro nadador a bater um recorde após a proibição do uso dos supermaiôs.

O feito aconteceu ontem, na final do Campeonato Europeu realizado na Hungria. Lacourt foi o mais rápido no nado de costas, completando a prova dos 100 metros em 52s11.

A marca de Lacourt é a segunda melhor da história da natação, ficando atrás apenas do recorde mundial do americano Aaron Peirsol, que é de 51s94 em 2008 nas Olimpíadas de Pequim. Detalhe: o americano usava o supermaiô quando estabeleceu o recorde mundial.

Félicitations, monsieur Lacourt !

6 de agosto de 2010

Linha 13 do metrô fecha parcialmente para obras

Das 22h30 desta quinta-feira até as 5h30 da próxima segunda-feira, os trechos da linha 13 do metro de Paris que vão de Saint-Lazare a Porte de Clichy e de Saint-Lazare a Porte de Saint-Ouen serão fechados para obras de renovação das linhas e estações.

A RATP estará disponibilizando uma nova linha de ônibus como alternativa de conexão entre essas estações durante o período em que a linha 13 estiver em obras. Os ônibus dessa linha, batizados de "Bus M13", seguirão rigorosamente o traçado, as paradas e os horários da linha 13 do metrô - ou seja, haverá um ônibus em, no máximo, 7 minutos.

Nos demais trechos da linha 13 o metrô circulará normalmente.

Linha 13: o X indica as estações fechadas para trabalhos de renovação.

Para maiores informações, acesse: RATP M13

4 de agosto de 2010

A estátua de Verlaine do Jardin du Luxembourg

O busto do poeta Paul Verlaine que fica no Jardin du Luxembourg foi esculpido em pedra por Auguste de Niederhausern. Os primeiros estudos para a execução da obra começaram a ser esboçados 22 anos antes de sua inauguração em 1911.

Estradas francesas terão menos avisos de radar

Se você está planejando viajar de carro pela França é bom prestar bastante atenção aos limites de velocidade das estradas, Joãozinho.

A partir de hoje os radares nas estradas francesas estarão menos sinalizados, e as placas de sinalização mantidas serão instaladas a uma distância variável entre 1 e 2 quilômetros antes do radar - até então a distância entre a sinalização e o radar era de, exatos, 400 metros.

Dessa forma espera-se que os motoristas estejam mais atentos aos limites de velocidade das estradas durante todo o percurso da viagem, e não apenas diante dos radares. A medida visa ainda evitar o risco de acidentes causados por freadas abruptas que acontecem quando motoristas em alta velicidade percebem que estão perto do radar.

Outra inovação que surge ainda este mês para aumentar o rigor da fiscalização de velocidade nas estradas francesas é a instalação dos radares suíços Trafistar SR590. Também conhecido como “super radar”, o aparelho é capaz de detectar até 10 tipos de infrações diferentes e seguir a trajetória de 22 veículos simultaneamente, mesmo se os veículos infratores estiverem dispersos por quatro vias de rodagem.

Trafistar SR590: tecnologia a serviço da segurança nas estradas.

Atualmente as estradas francesas contam com 1.689 radares fixos (sim Joãozinho, todos instalados e funcionando) e 933 radares móveis a disposição da polícia rodoviária - números atualizados no último dia 15 de julho.

1 de agosto de 2010

Sorveterias em Paris: os sabores do verão 2010

Dois dos posts de maior acesso aqui no blog falam das sorveterias de Paris. Talvez porque, assim como eu (mas ao seu próprio modo), tantas outras pessoas também apreciem a escolta de um bom sorvete artesanal durante suas incursões pela cidade.

E se você me permite uma digressão, gosto particularmente dos finais de tarde em Paris. Gosto de ver as noites de verão abraçando lentamente a cidade e os tons alaranjados dos últimos raios de sol tingir as paredes dos edifícios; gosto de me debruçar sobre uma das pontes do rio da minha vida até me doerem os cotovelos; com um sorvete nas mãos o olhar perdido, vagando por algum lugar entre a Pont Marie e o quai d’Anjou. Para mim, os finais de tarde de verão em Paris têm sabor de sorvete de figo. E quando estou sozinho, viajando a trabalho (como agora, por exemplo), sorvete de figo é uma das coisas que me ajudam a subverter a realidade - por um breve momento apenas, os motores das fábricas se calam, os falatórios sem sentido cessam, as preocupações me abandonam, a fumaça pesada das chaminés são dissipadas, vencidas pela brisa leve do Sena; e então um doce e desejado momento de trégua me leva até Paris. Vivo, enfim. Uma pena que essa pequena porção de prazer seja tão difícil de ser encontrada em alguns lugares. Mas confesso que, por mais que a imaginação insista em ajudar, nunca é o mesmo sabor. Nunca é a mesma cidade. Fim da digressão.

Mas para a alegria geral, trago hoje outro post que também deve agradar - sobretudo a quem estiver aproveitando o calor do verão parisiense.

O jornal Le Figaro publicou esta semana uma matéria sobre as 10 sorveterias parisienses mais bacanas deste verão. Para facilitar a sua vida, o Viver Paris conta pra você um pouquinho do foi falado sobre cada uma delas nessa reportagem. Portanto, abra o seu caderninho de viagens e anote, Joãozinho:

Grom

Uma sorveteria simples de origem italiana. Na lojinha azul que pode ser vista de longe, o que mais chama a atenção é o capricho dos sabores expostos na vitrine refrigerada. Os sorbets são produzidos com água pura da montanha e sem a adição de corantes ou conservantes. Já os sorvetes são super cremosos, com destaque para os sabores cassata sicilienne (feita com ricota e raspas de frutas cítricas), vanille de Madagasgar (creme de baunilha) e o de chocolate (de sabor super intenso).

Os pontos fortes são o capricho do produto e a eco-responsabilidade da marca. O ponto fraco fica por conta das poucas mesas disponíveis, que não dão conta da verdadeira legião de fãs que a loja tem atraído. Preço de cones ou potes com 2 sabores a partir de 3,50€.

81, rue de Seine
Tel.: 01 4046 9260
Metrô: Mabillon linha 10

Raimo

Totalmente renovada ha 2 anos, a Raimo foi fundada em 1947 pela família Raimondo e é uma das sorveterias mais antigas da cidade. No balcão os sorvetes e sorbets são servidos apenas em casquinha (nada de potinhos, portanto) ou em caixas de 1 litro (30,00€). A sorveteria ainda conta com um amplo salão de chá anexo, com serviço ininterrupto e que serve desde um simples café até as principais refeições.

Os sorvetes de destaque da Raimo são o de marron glacé (que faz muito sucesso no inverno), o de érable du Vermont, o quatre épices, o de miel de canne, o de lait d'amande, assim como o sorbet de muscat. Mas os sabores que estão bombando neste verão são o sorvete de vervaine e o sorbet de pamplemousse. A Raimo têm mais de 40 de sabores diferentes de sorvetes que variam segundo a estação, e também vende sobremesas geladas para viagem. O cone de casquinha com 2 bolas custa 5,00€ e 6,50€ a taça servida no terraço.

59-61, bd de Reuilly
Tel.: 01 4343 7017
Metrô: Daumesnil linhas 6 e 8

Martine Lambert

Há mais de 20 anos essa sorveteria é a grande sensação que refresca os dias ensolarados das cidades litorâneas de Deauville e Trouville - os destinos praianos preferidos dos parisienses nos feriados prolongados.

Em Paris a sorveteria preferiu se preocupar mais com a qualidade do produto, e menos com suas instalações - a unidade parisiense da Martine Lambert é pequenina e sem uma única mesinha. Mas e daí, Joãozinho? Ah, daí nada! Em Paris o gostoso mesmo é comprar um sorvete dos bons e sair caminhando com ele pela rua, aproveitando cada minuto do dia para perder-se propositalmente pelas ruas da cidade. Você tem um bom sorvete nas mãos e Paris sob os pés - o que mais pode querer?

Sugestão de sabores? São mais de 50 para você escolher - todos artesanais, sem corantes nem conservantes. O top da casa é o Quiberon, de caramelo feito com manteiga salgada (como diria a sua tia Eulália: uma di-lí-ci-a), seguido de perto pelo Martinique, que leva baunilha, geléia de laranja e rum. Ah, e a simpatia no atendimento também é marca registrada Martine Lambert. O preço da casquinha ou potinho com 2 bolas é de 4,70€.

Prove e descubra porque Martine Lambert é conhecida como La Fée des Glaces (A Fada dos Sorvetes). Na foto, a senhora Lambert preparando mais uma de suas delícias geladas.

Ah, lembrei! Prove também os macarons recheados com sorvete de Martine Lambert. São coloridos (bien sûr), bonitos e em formato de caprichados coraçõezinhos. Se não fossem tão deliciosos daria até pena de comer (100g por 6,50€).

Delícias feitas com o coração: os macarons com recheio de sorvete são especialidades de Martine Lambert.

192, rue de Grenelle
Tel.: 01 4551 2530
Metrô: École Militaire linha 8

Le bac à glaces

A meio-sorveteria, meio-creperia Le bac à glaces tem um ambiente simples, mas bem bacana - assim como sua localização, que desde 1982 faz a alegria dos moradores e turistas que circulam pela rue du Bac. Além das mesinhas dispostas no salão com ares de bistrô, há também um pequeno terraço dedicado aos clientes, mas o que faz mesmo o sucesso do local é o balcão de venda de sorvetes para viagem.

Os sabores originais de maior procura pela clientela são os que trazem deliciosas combinações de frutas com ervas ou flores, como o citron-basilic (limão-manjericão), pêche-romarin (pêssego-alecrim) cherry-mint (cereja-menta), poire-verveine (pera-verbena) e o recém-lançado framboise-rose (framboesa-rosa).

A receita do sabor dos sorvetes de Le bac à glaces é que eles são elaborados com ingredientes 100% naturais e levam pouco açúcar.

E se você aceita uma sugestão para saborear o seu sorvete Le bac à glaces como um legítimo parisiense, peça no copinho de papel uma bola de sorvete de duplo sabor e outra bola de sorvete de baunilha (vanille). Com o sorvete nas mãos e um sorriso no rosto, caminhe alguns passos até a agradável square des Missions-Étrangères, que fica na esquina da rue du Bac com a rue de Commaille. Sente-se confortavelmente em um dos bancos da square e deguste seu sorvete sentindo-se no paraíso.

Square des Missions-Étrangères: este cantinho de sossego fica pertinho da sorveteria Le bac à glaces.

A casquinha (ou potinho) com 2 bolas custa 4,00€.

109, rue du Bac
Tel.: 01 4548 8765
Metrô: Sèvres-Babylone linhas 10 e 12

Continua...

Benjamin Biolay: Bien avant

Bien avant qu'on se soit connu
Bien avant qu'on se soit parlé
Bien avant que j'étais venu
Je savais déjà que je t'en voudrais

Bien avant qu'on se soit déçu
Bien avant qu'on soit des déchets
Bien avant ce goût de déjà vu
Je savais déjà qu'on y resterai

Que personne ne sortira d'ici
Que personne ne retiendra la nuit
Qu'on ira pas tous au paradis
Bien avant l'heure
de la cigüe
Bien avant l'heure
Des heures indues
Bien avant qu'on s'aime
Tu ne m'aimais plus.

Bien avant qu'on se soit brisé
Bien avant qu'on soit des vendus
Bien avant que je t'ai renié
Je savais déjà qu'on était vaincu

Bien avant qu'on se soit cogné
Bien avant qu'on ait du vécu
Bien avant que tu te fasses soigné
Je savais déjà qu'on était perdu

Et que personne ne sortirai d'ici
et que personne ne retiendrai la nuit
qu'on ira pas tous au paradis
bien avant l'heure
de la cigüe
bien avant l'heure
des heures indues
Bien avant qu'on s'aime
tu ne m'aimais plus

Bien avant qu'on se soit perdu
Oui bien avant qu'on ait rien gagné
Bien avant les coups de massus
Je savais déjà tout ce que je sais

Bien avant qu'on soit des pendus
Bien avant qu'on soit des regrets
Bien avant que tout soit fichus
Je savais déjà
que tu t'en foutais.


Paris em toda a parte

Foto enviada pelo amigo Edmilson Siqueira de uma parede pichada na cidade de Lisboa, Portugal.

Princesse Tam-Tam

Pouca gente sabe, mas a famosa marca francesa de maiôs e lingerie, Princesse Tam-Tam, tem seu nome inspirado num filme homônimo no qual a virtuosa atriz, dançarina e cantora Joséphine Baker aparece em roupas íntimas.

O filme de 1935 tem direção de Edmond T. Gréville e conta as aventuras de uma jovem tunisiana ao ingressar na alta sociedade parisiense em plena era do jazz.

Já a marca existe desde 1985, e conta com mais de 1.500 pontos de venda espalhados pela Europa, dos quais 140 estão localizados na França. A Princesse Tam-Tam é hoje uma verdadeira referência européia em moda íntima feminina.

Uma das 26 lojas parisienses da Princesse Tam-Tam.

Para o Joãozinho que ainda nao associou o nome à pessoa, a diva dos anos 30, Joséphine Baker - a Princesse Tam-Tam do cinema...

... e que foi homenageada pela cidade de Paris com uma praça no 14eme.

Princesse Tam-Tam
4, rue du Marché Saint-Honoré (e em mais 25 endereços em Paris)
Tel.: 01 5862 4896
Metrô: Tuileries linha 1