8 de setembro de 2008

Johnny Hallyday

Eis que estou diante de um post difícil de ser escrito. Tamanha a importância do "tema". Refiro-me agora a nenhum outro senão Johnny Hallyday! E o Joãozinho pode estar se perguntando: Johnny quem? Calma, eu explico. Por analogia fica mais fácil entender: sabe o que representa Roberto Carlos para a música brasileira? Pois aqui na França Johnny Hallyday é mais - muito mais. Ou o que Julio Iglesias significa para os espanhóis? Pois Johnny ainda é mais.

Sabe aquelas "verdades" que andavam dizendo sobre Chuck Norris? Pois é mais ou menos por aí. Dizem até que "Johnny Hallyday não segue os 10 mandamentos. Ele fez a sua própria lista - e são 12!"

Longa vida ao Rei: em 2010 Johnny completa 50 anos de carreira.

Para os franceses Johnny é praticamente um Elvis vivo. Um semi-deus parisiense que canta, compõe, atua, aparece em comercial de TV e faz chover se assim lhe convier. Não vou relacionar seus prêmios conquistados, relacionar suas aparições em filmes, nem tampouco listar sua discografia - simplesmente pelas limitações de espaço no blog. Ele canta de tudo: vai do Ie-Ie-Iê ao Blues com a mesma naturalidade com a qual respira.

Sucesso sem fim: desde a tenra idade Johnny Hallyday já era um ídolo francês.

Johnny Hallyday passou a existir para mim exatamente no dia 1 de maio de 2002 - eu, enfim, chegava em Paris pela primeira vez! E alguém se habilita a tentar adivinhar quem era na época a figura mais vista em capas de revista e programas de TV? Claro... Quem mais poderia ser? Na ocasião Johnny acabara de gravar o sucesso Tous ensemble - música que compôs para elevar a moral da equipe francesa na Copa de 2002. Tudo bem que não deu muito certo, porque o time foi um fiasco naquela Copa, mas me arrisco a dizer sem medo de errar que o tiozão é hoje a maior celebridade parisiense viva.

Encontro de titãs: Johnny e Ray Charles.

Uma notícia aterradora circulou por toda a França no ano passado, meio que na onda do boato, mas acabou se confirmando para a estupefação dos franceses: a lenda-viva iria se retirar da luz dos holofotes. Alguns programas de TV já alertam que isso pode causar a devastação iminente do país. Povocar um colapso sem precedentes na economia francesa. Algumas espécies podem até mesmo chegar à extinção... Mas até lá, o maior evento que acontecerá por aqui será o mega-concerto de despedida de Johnny Hallyday no Stade de France em maio do ano que vem. Mas no fundo, (e agora deixando um pouco de lado a brincadeira) ninguém acredita de verdade que ele consiga se afastar dos palcos por muito tempo.

O estilo "o maioral" que perdura até hoje é marca registrada de Johnny Hallyday.

Na verdade, o que todo parisiense espera é que um dia possa contar aos netinhos que esteve presente ao maior espetáculo da Terra: o penúltimo-último show da carreira de Johnny Hallyday. Sim. O Rei está vivo. Abaixo, o clipe de Tous ensemble.



Para saber mais acesse: Johnny Hallyday.com

3 comentários:

Anônimo disse...

Du, no Brasil - e para a minha geração - Johnny Halliday ficou famoso com a música Noir c'ést Noir, nos anos 60/70, que virou Black is Black com um grupo norte-americano e fez muito sucesso. Lembro tamnbém da Balada de Bonnie and Clide, mas depois nunca mais ouvi falar.
Não sabia que o moço (moço?) estava com essa bola toda aí na França. Mas merece, é um grande cantor e compositor popular.
abs.
Edmilson.

Anônimo disse...

Johnny Halliday e Sylvie Vartan povoaram o imaginário da minha juventude.
Eles vieram ao Brasil( creio que foi em um mês de janeiro ) e fizeram grande sucesso.
Eles cantavam bem e eram lindos.

Rosemary disse...

Olá. Fico feliz em ver uma matéria em portugues, falando desse ícone da música. Passei a adimirá-lo quando da sua estada no Brasil, creio que entre anos 70 e 72 (não me recordo bem). Fiquei encantada com o show que fez no Brasil por uma rede de tv e passei a acompanhar tudo que saia dele como revistas, discos (que era bem difícil aqui no Brasil) e jornais. Hoje com a internet, consigo assistir os shows grandiosos que ele faz, assim como posso saber um pouquinho mais dele. Para mim, ele é como o vinho, melhora a cada ano! Sinto que nunca poderei ver um show pessoalmente dele. Grata pela matéria.